O número de infrações por pesca irregular no Rio Piracicaba durante a piracema cresceu 164% em um ano, segundo a Polícia Ambiental de Piracicaba. De novembro de 2024 a fevereiro de 2025, foram registradas 98 infrações, contra 37 no mesmo período anterior. As principais irregularidades ocorreram em trechos urbanos do rio, onde a pesca é proibida.
Mesmo com o aumento no valor das multas – que subiram de R$ 73 mil para R$ 118 mil –, a prática ilegal continuou intensa. Nos últimos quatro meses, 419 kg de pescados e 1.751 metros de redes de pesca foram apreendidos. Além disso, 435 pescadores foram abordados e 117 embarcações fiscalizadas.
A operação da Polícia Ambiental incluiu monitoramento de pescas noturnas e fiscalização em restaurantes e peixarias para verificar a origem dos peixes vendidos. Em alguns estabelecimentos, foram constatadas vendas de peixes nativos provenientes de pesca proibida.
A preocupação das autoridades com a preservação da piracema aumentou após a mortandade recorde de peixes em julho de 2024, quando quase três toneladas de peixes morreram devido ao despejo de poluentes no Ribeirão Tijuco Preto, afluente do Piracicaba. O período da piracema, que vai de novembro a fevereiro, é essencial para a reprodução e a recuperação da fauna do rio.
